Gestão & Carreira

PAINEL EXAME 1105_CapaPROTAGONISMO ESSENCIAL

Tempos complexos exigem diligência e foco para gestão eficaz da carreira

Se em contextos mais promissores o gerenciamento da carreira requer empenho absoluto e total dedicação, o que dizer da relevância do protagonismo de cada profissional para cuidar de sua trajetória e evolução em conjunturas críticas como as que o Brasil enfrenta neste 2016? Não cair na armadilha do imobilismo nem se deixar contaminar pelo clima de desesperança são atitudes providenciais para sobrepor as dificuldades do momento.

PAINEL EXAME 1105_Fontes entrevistadas

José Augusto Figueiredo, presidente da Lee Hecht Harrison no Brasil e vice-presidente executivo para a América Latina

“A carreira não é uma estrada linear, mas um conjunto de ciclos que, ao longo da jornada, constroem a trajetória. Vivemos no país uma conjuntura política e econômica bastante desfavorável, com instabilidades que afetam a vida das empresas e das pessoas. O contexto mostra-se imponderável e pede maior resiliência e tolerância, com atenção redobrada a aprendizados que podem ser úteis para o percurso e no amanhã. É preciso compreender o caráter transitório das contingências e ter clareza quanto ao que se busca mais adiante, trabalhando na construção do caminho. No processo de gerenciamento da carreira, conhecer os próprios valores, as motivações e o repertório de competências, identificando organizações e formas de atuação que se afinem com seu modo de enxergar o mundo, constitui um exercício permanente. No alinhamento entre a identidade da organização e a do indivíduo reside a sensação de felicidade e realização que todos almejam e, nessa perspectiva, não se podem esquecer o legado que deixamos e os saberes compartilhados, que dão maior significado à nossa existência.”

 Joel Dutra, professor livre-docente da FEA/USP e coordenador do PROGEP/FIA

“Assim como 2015, este será um ano complicado, no qual o efeito cumulativo do desemprego intensificará a sensação de piora da situação geral. Ainda que o período seguinte tenda a ser menos crítico, a prudência recomenda que os brasileiros se preparem para mais dois anos de dificuldades até o retorno do crescimento, a partir de 2018. Um aspecto positivo está no fato de a crise ser conjuntural e não estrutural. Passada a tormenta, retomam-se as perspectivas de evolução em vários setores, embora haja aqueles que continuarão enfrentando grandes desafios. Nesse cenário, a gestão da carreira demanda maior diligência, protagonismo e atitude proativa em busca de diferenciação e vantagem competitiva. Empregado ou em busca de recolocação, jovem ou em idade mais avançada, é importante evitar a posição de vítima, pois isso reforça a inércia. Lidar com as restrições do presente sem colocar em risco o amanhã tem sido a lógica das empresas que querem estar na dianteira no pós-crise – um raciocínio útil e inspirador também para as pessoas, evitando a armadilha do imobilismo que compromete o futuro.”

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