GESTÃO & CARREIRA

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SOBREVOO ESTRATÉGICO

O exercício de antever o futuro e construir o caminho da mudança

Quando o momento atual traz desafios cruciais de viabilidade do negócio, como lançar o olhar adiante e se preparar para as evoluções que estão a caminho? Algumas empresas centenárias afirmam, com tranquilidade, que permanecem competitivas porque nunca abriram mão de se antecipar ao futuro. Conciliar as demandas presentes e a visão de longo prazo, com base em estudos de cenários, permite pavimentar hoje uma rota capaz de assegurar a perenidade.

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Thomas Reineke, Vice-presidente de RH da Basf para a América Latina

“Em um mundo crescentemente disruptivo e em constante transformação, as novas formas de vida e trabalho vão desafiar cada vez mais as áreas de recursos humanos das organizações. Consciente dessa realidade e já tendo em seu DNA o drive de antever cenários, a Basf realizou em 2013, no âmbito da América do Sul, um estudo sobre as grandes tendências em gestão de pessoas para 2020/2025. O fator demográfico e o aumento da expectativa de vida implicarão em profundas mudanças. Globalização, conectividade, educação individualizada e transformações no estilo de vida constituem quatro megatendências que resultarão em um ambiente de maior rotatividade e no qual os profissionais qualificados terão mais poder de escolha, o que exigirá das empresas lideranças excelentes, transparência nas relações e velocidade nas tomadas de decisão. Além de reforçar nossa marca de empregador, a estratégia adotada inclui o preparo de nossos líderes e a implantação do programa Equilibre, que flexibiliza as condições de trabalho, atendendo de forma personalizada às demandas dos colaboradores.”

José Luiz Weis, sócio-consultor da Corall

“No exercício de construir cenários, em 2014 a Corall reuniu um grupo de executivos para pensar em como será a gestão de pessoas em 2035. A evolução da humanidade se dará em ritmo acelerado, levando a um mundo de maior complexidade e com diferentes modelos de trabalho. Terão sucesso as empresas que se adaptarem mais rapidamente à realidade que se avizinha, em uma dinâmica que vai requerer profundas transformações ou mesmo a reinvenção. Ao lado das grandes organizações que fizerem esse exercício, surgirão aquelas que já nascem dentro de paradigmas diferentes, imbuídas de propósito e com modelo de relações mais abertas e horizontalizadas, algo que já desponta nos dias atuais. Crescerá também o universo dos pequenos negócios e de profissionais individuais, que trabalharão por projeto e em múltiplas frentes, sem limitações geográficas e ancorados pelos avanços tecnológicos. O modelo de comando e controle fica anacrônico, impondo o repensar das práticas atuais de gestão. Ao RH, caberá o papel de catalisador da transformação, atuando para ajudar as organizações a acelerar o passo rumo ao futuro.”

Matéria publicada originalmente no Painel Executivo da Exame Edição 1101