GESTÃO & CARREIRA – EXAME 1099

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A atenção redobrada para manter e encorajar os melhores talentos

Alta do dólar, perda de classificação do grau de investimento do país, desemprego, inflação – o recrudescimento da crise e os impasses do cenário econômico e político vão se materializando no cotidiano corporativo, com reflexos em termos de oportunidades de carreira, remuneração e novos projetos. Se em tempos de crescimento as possibilidades se multiplicavam, agora elas estão mais escassas, exigindo esforços das organizações para mitigar os efeitos da fase adversa e preservar a motivação, o engajamento e a coragem de vencer do time.

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Henrique Vailati, diretor de RH da Becton Dickinson (BD) no Brasil

“Em 2016 a BD completará 60 anos de presença no Brasil, tempo que permitiu à empresa vivenciar vários períodos de crise no país, em um aprendizado que nos dá tranquilidade para enfrentar a fase atual. Tomamos a decisão de fortalecer nosso programa de liderança, entendendo que investir nesse estrato da organização faria toda a diferença para atravessarmos o momento. Assim como outras companhias, grande parte dos nossos associados pertence a gerações que desconhecem as agruras de épocas passadas. Com comunicação clara, franca e transparente, replicando os valores, a missão e os propósitos corporativos, os gestores ficam aptos a mobilizar os indivíduos, ajudando-os na travessia. Paradoxalmente, a crise tem sido uma etapa rica e desafiadora, com o convite para uma participação mais ativa das pessoas. Nossos líderes não possuem todas as respostas, porém são estimulados a fazer as perguntas corretas e a ouvir a contribuição de cada um, em uma dinâmica que traz engajamento e gera valor.”

José Franco, diretor de Gente, Gestão e Sustentabilidade da SBK BPO

“A crise tem o lado positivo de nos chacoalhar, retirando-nos da zona de conforto. O mesmo se dá com as organizações, que buscam verificar formas de melhorar a produtividade e de identificar seus melhores talentos. O tripé de sustentação do nosso negócio é formado por tecnologia de ponta, projetos e pessoas. O cenário de retração da economia fez com que nos organizássemos melhor internamente e voltássemos nosso olhar para a busca de eficiência, por meio das pessoas. Optamos por manter os investimentos em formação e desenvolvimento das lideranças, incluindo as de produção, bem como em treinamento e especialização dos colaboradores. Mais do que nunca, precisamos de gente bem preparada, engajada e motivada. Incentivar um ambiente informal e participativo, de maior proximidade com a alta gestão, tem se mostrado uma alternativa interessante, propiciando o surgimento de soluções inovadoras e criativas, passíveis de serem reconhecidas e remuneradas dentro de critérios meritocráticos.”

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